Careto: o supervírus anônimo identificado pela Kaspersky

O Careto, ou The Mask, é o novo supervírus de criação desconhecida, apesar de haver evidências de que pode ter origem na Espanha.

Por Victor Palandi

publicado em Curiosidades

Para quem não sabe, o Careto é um personagem mascarado muito comum no carnaval da região nordeste de Portugal, em especial na região conhecida como Trás-os-Montes.

Pois foi desse personagem carnavalesco lusitano que a informática pegou emprestado o nome para batizar um supervírus (spyware), que também é conhecido simplesmente como The Mask.

Esse supervírus é muito utilizado como forma de espionagem entre empresas privadas e órgãos governamentais, já que ele permite que se crie uma entrada para que se roubem informações programadas.

O Careto, ou The Mask, é de criação desconhecida, apesar de haver evidências de que pode ter origem na Espanha.

A primeira vez que um supervírus Careto foi identificado foi em 2007, e desde então, algumas variações do supervírus foram sendo identificadas em algumas poucas oportunidades, cada uma com alguma característica mais letal do que a vista na versão anterior.

Recentemente, a renomada empresa de segurança virtual Kaspersky anunciou que uma versão do Careto extremamente letal foi identificada dentro de um esquema de ciberespionagem altamente intricado e sofisticado.

A Kaspersky informou que uma versão do Careto foi identificada, e essa versão seria capaz de infectar diversos sistemas operacionais, incluindo o Mac, Linux, e (ainda sem total certeza) IOS.

O que mais chamou a atenção dessa nova versão do Careto é a sua alta complexidade e o seu alto grau de letalidade.

Outro fator que chamou muito a atenção no comunicado da Kaspersky foi que os principais alvos do supervírus eram as instituições diplomáticas, governamentais e gigantes do setor petrolífero e de gás. Os usuários comuns não estavam entre seus alvos.

Isso implica em algo muito maior do que uma simples ameaça virtual de hackers desordenados; significa que há uma rede intricada de ciberespionagem que tem como alvos setores estratégicos da sociedade mundial.

E o supervírus Careto é a ferramenta perfeita para isso, já que ele se infiltra nos sistemas por meio de um simples e-mail, e quando esse e-mail é aberto, o supervírus trata de criar uma abertura perfeita para que se consiga entrar e buscar qualquer informação considerada confidencial que esteja dentro dos programas e sistemas.

Segundo relatórios divulgados por analistas, cerca de 31 vítimas de ataques do Careto foram identificadas ao redor do mundo, nas Américas, na Europa, na África e no Oriente Médio. Há desde escritórios diplomáticos até grupos ativistas entre as vitimas.

A Kaspersky não soube identificar de onde esses ataques se originam, mas conseguiu precisar que se trata de um ataque organizado.