A China anunciou recentemente o lançamento do sistema operacional OpenKylin, que é uma distribuição Linux desenvolvida de forma independente. De acordo com as informações que foram divulgadas pela imprensa internacional, o lançamento acaba tendo como principal objetivo servir como alternativa ao Windows para que o país se torne menos dependente dos Estados Unidos no campo tecnológico.
A distribuição foi criada sobre a base FreeBSD, que envolveu a participação de mais de 4 mil desenvolvedores, além de 74 grupos de interesse especial e mais de 270 organizações. Diferente de Deepin (construído sobre o Debian) e do Ubuntu Kylin (derivado do Ubuntu), o OpenKylin teria sido construído do zero pelos chineses.
Dentre os diferenciais apontados por essa distribuição é suporte para a arquiteturas x86, ARM e RISC-V. Isso, segundo o site oficial, coloca o sistema como uma alternativa capaz de “atender às necessidades da maioria de desenvolvedores e usuários individuais.”
No momento em que o usuário faz o download, a distribuição será instalada com os seguintes componentes:
- Linux 6.1;
- Interface UKUI 4.0 (a mesma do Ubuntu Kylin);
- Firefox como navegador padrão;
- WPS Office;
- Idiomas chinês e inglês.
Mesmo sendo anunciada como a primeira distribuição 100% chinesa, existem algumas informações que apontam contradições. O site The Register, por exemplo, chama o OpenKylin de “um remix do Ubuntu”, alegando que o compilador do GNU (GCC 9.3) presente no sistema o identifica de tal forma.
A publicação afirma ainda que, na verdade, a distribuição chines apode ser considerada como “o Ubuntu 20.04 com alguns updates seletivos por cima”, algo supostamente confirmado por "centenas de ocorrências da palavra ‘ubuntu’ espalhadas em seus arquivos de configuração."