No mundo atual, nada pode parecer mais irritante do que a sensação de que apesar de estarmos cada vez mais conectados uns aos outros, na verdade estamos é mesmo nos distanciando cada vez mais.
Quantas vezes você não viu a cena abaixo?
Família se reúne para almoçar (ou jantar) e de repente, um silêncio toma conta do recinto, onde todos os membros da família estão olhando para seus celulares.
Ou, então, essa cena: Um grupo de amigos se senta à mesa em um boteco ou barzinho e em poucos minutos estão todos mais interessados em seus celulares do que em interagir com os demais membros da mesa (esse silêncio muitas vezes só é quebrado quando alguém decide que é hora de tirar fotos com seus celulares).
Ou mais essa: Em um vagão de metrô, cheio de pessoas, e de repente, praticamente ninguém fala nada, apenas olham fixamente para os seus dispositivos móveis, sem se interessar em tentar interagir com os outros seres humanos ao redor.
Pois esse fenômeno já tem nome: Phubbing. E prestem muita atenção nisso, já que esse fenômeno está simplesmente acabando com o dialogo humano tradicional. O que não pode ser considerado algo bom!
A expressão Phubbing tem origem na palavra “phone” (telefone em inglês) e “snubbing” (esnobar). Ela foi criada pelo australiano Alex Haigh, que de tanto se sentir incomodado com isso, chegou a levantar uma campanha chamada “stop phubbing”, que infelizmente, não vingou.
A ideia de Haigh era alertar as pessoas para esse comportamento que em sua visão pode simplesmente significar o fim de algo que está na genese humana: o dialogo.
Esse comportamento atual tem sido alvo de diversos estudos por parte de especialistas, e a grande verdade é que em qualquer outra época, ele seria definido apenas como sendo “falta de educação”.
Haigh chega a levantar alguns questionamentos que no minimo deveriam nos convidar à reflexão: “Imagine um mundo no futuro onde os casais se sentam em silêncio. Onde as relações são baseadas em atualizações de status nas redes sociais. Onde a habilidade para falar ou se comunicar frente a frente foi completamente erradicada”. Tudo isso, segundo ele, poderá ocorrer em breve, se o phubbing não for observado como a “praga” que de fato representa.
Do contrário, pode ser que de fato, acabemos por exterminar nossa raça simplesmente porque não tivemos o menor interesse em largar nossos dispositivos eletrônicos para copular.