Algumas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas próximas eleições brasileiras terão uma tecnologia que vão permitir com que os votos sejam transmitidos via satélite. De acordo com as informações que foram divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, a tecnologia estará disponível em 1.279 seções.
As urnas que terão a capacidade de transmitir os votos por satélite estarão estrategicamente instaladas em locais que são considerados isolados e que acabam atrasando o processo de apuração como um todo.
As localidades escolhidas para fazer a transmissão via satélite são aldeias indígenas, seringais, comunidades ribeirinhas, quilombos, assentamentos rurais e vilarejos isolados no interior do país. Essas localidades muitas vezes não possuem acesso fácil por estradas ou mesmo rios e podem não contar com energia elétrica ou conexão com a internet.
Normalmente os votos são gravados em um dispositivo de armazenamento removível nas urnas eletrônicas, que ao final do dia de eleições é levado, pelo presidente da seção, até o centro de apuração mais próximo, onde então os votos são contabilizados. A logística montada permite que a grande maioria dos votos acabem sendo contabilizados no mesmo dia.
Contudo, em locais que são considerados isolados, a viagem até o centro mais próximo chega a levar 12 horas, e isso faz com que o TSE consiga apurar 100% dos votos em apenas 48 horas. Agora, com as transmissões via satélite, espera-se que todos os votos do Brasil sejam contabilizados no mesmo dia.
De acordo com o TSE, a transmissão de votos via satélite não deve comprometer a segurança do sistema eleitoral brasileiro. Isso porque a conexão entre as seções e o tribunal eleitoral de cada estado será protegida por uma VPN, uma rede virtual privada. Depois da transmissão, os dados serão conferidos de acordo com os boletins de urnas impressos após a votação.