A China anunciou recentemente uma série de regras criadas com o objetivo de regulamentar o funcionamento de tecnologias conhecidas como Chatbots de inteligência Artificial. A medida foi tomada alguns meses depois do assunto ter explodido no mundo inteiro, com uma série de investimentos feitos por grandes empresas na área, e agora com o recuo de boa parte dos pesquisadores.
As regras seguem basicamente as mesmas diretrizes que a China acaba tendo em relação a mídia e a internet de uma forma geral, controlando de perto todo o conteúdo que pode ser produzido por este tipo de ferramenta.
Todas as empresas que pesquise ou ofereçam ferramentas com este tipo de tecnologia deverão obedecer todas as regras de censura do Partido Comunista Chinês, assim como os sites e aplicativos devem evitar publicar material que manche a imagem dos líderes chineses ou relembre a história proibida.
As regras afirmam que todo o conteúdo produzido pelas ferramentas deve refletir os “valores centrais socialistas” e evitar informações que minem o “poder estatal” ou a unidade nacional. As empresas também devem garantir que seus chatbots criem palavras e imagens verdadeiras e respeitem a propriedade intelectual, além de registrar seus algoritmos com os reguladores.
Com isso, os pesquisadores que estão trabalhando em ferramentas desta natureza já estão incorporando essas orientações. No país, os investidores e empreendedores estão se esforçando para não ficar para trás do resto do mundo em relação ao desenvolvimento deste tipo de tecnologia.
Dentre as empresas que já confirmaram estar trabalhando com este tipo de ferramenta estão gigante de comércio eletrônico Alibaba, a SenseTime, que faz software de reconhecimento facial, e o mecanismo de busca Baidu.