Em um mundo conectado e digital, ações de guerra tendem a se estender para o mundo virtual. De acordo com as informações que foram repercutidas pela imprensa internacional ao longo da manhã desta quinta-feira, dia 24 de fevereiro, páginas do governo ucraniano estão sofrendo ciberataques da Rússia. A ação aconteceu em paralelo com as primeiras ações de guerra da Rússia contra a Ucrânia, que aconteceram durante a madrugada desta quinta-feira.
De acordo com as informações que foram divulgadas pelo observatório NetBlocks, sites do Ministério da Defesa, do Ministério de Relações Exteriores, do Serviço de Segurança e do gabinete de ministros foram derrubados já na quarta-feira. Estes ataques não seriam novidades, já que durante os meses de janeiro e fevereiro diversas tentativas similares já haviam sido registradas.
Ainda segundo o levantamento que está sendo feito pelo observatório, todos os sites da Ucrânia que foram afetados passaram por ataques da modalidade DDoS — ou "de negação de serviço", quando uma quantidade artificial e coordenada de pedidos de acesso a um portal faz com que ele fique instável ou saia do ar. Domínios de bancos ucranianos também teriam sido derrubados.
O NetBlocks afirma que os ataques podem ser rastreados, sendo originários da Rússia. E estes ataques devem seguir. O principal objetivo deste tipo de ataque saindo diretamente da Rússia seria desestabilizar a Rússia também nos meios digitais, para obter ainda mais vantagens no mundo físico, incluindo a incapacidade da população da Ucrânia de se comunicar e ter acesso a sistemas financeiros.
Para tentar reduzir este impacto, o Centro de Comunicação Estratégica da Ucrânia está tentando direcionar parte deste tráfego para outros servidores, com o objetivo de reduzir o impacto dos acessos simultâneos.
Outro tipo de ataque que foi identificado na Ucrânia foi um novo malware que passou a circular por centenas de computadores do país e que tinha como principal objetivo apagar dados em massa.